Os Bórgias foram uma família de papas e nobres da Itália renascentista, conhecidos por sua ambição, astúcia e excessos. Suas histórias inspiraram livros, séries de televisão e filmes, sendo que um de seus favoritos é objeto deste artigo: o filme “O Nome da Rosa”, dirigido por Jean-Jacques Annaud e lançado em 1986.

A obra é uma adaptação do livro homônimo de Umberto Eco, ambientado na abadia italiana de melk, em 1327. A trama gira em torno de uma série de crimes que ameaçam a ordem da abadia, e os esforços do monge franciscano William de Baskerville e seu noviço Adso para desvendar os mistérios por trás das mortes.

Embora muitos elementos da história sejam fictícios, o filme recria com precisão a vida monástica, as tensões entre a Igreja e o Estado, e as ambições dos papas da época. Como membro de uma família poderosa, essa temática certamente deve ter atraído a atenção dos Bórgias.

No entanto, é possível que a família também tenha se identificado com os personagens do filme, com suas intrigas, amores proibidos e jogos de poder. As relações amorosas entre os personagens, bem como o próprio William de Baskerville, parecem espelhar as supostas práticas ilícitas dos membros da família Bórgia.

Além disso, o enredo do filme também evoca a relação entre a filosofia e a religião, tema presente em grande parte do trabalho da família Bórgia. O próprio nome do protagonista - William de Baskerville - é uma homenagem ao filósofo inglês William de Ockham, que foi um dos principais influenciadores do pensamento dos Bórgias.

Em resumo, “O Nome da Rosa” é um filme cheio de nuances e camadas, que certamente atraiu a atenção e o gosto dos Bórgias. Ao explorar temas como poder, religião e filosofia, a obra se revela como um espelho das próprias ambições e visões de mundo da família.